quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Não se esconda, alma que chora…

Véu do espírito

Segue correndo pelo deserto
Sangue, sol e um espirito sujo
Responde a todos apenas "Eu fujo"
E se move sem esperança

Trova pela noite em grande desespero
O mundo em trevas é seu melhor amigo
Responde a outros noturnos "Eu sigo"
Se esconde na penumbra

Chora trancado pela dor de estar vivo
Se veste de outro, noutro mundo mergulhado
Brinca com todos que conhece "Sou malvado"
E desconhece sua mente

Desiste no fim de sua longa luta
Pensa que poderá evitar o que está a frente
Desvia das conversas amistosas "Sou diferente"
E é o mesmo citado antes.

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

A lua aparece.

Noite.

O passado lhe mostra o proibido
Suas mãos estão soltas, sem protestar
Os olhos já não são mais claros como antes
Dorme! Sua alma quer te entregar!
Seus pés não tocam o chão
Sua cabeça quer voar
Canta cantiga! Canção de ninar!

Seus raios de sol, seu luar
Canção antiga, vem te ninar
Sem medo descansa. Não é nenhuma maldição
Que invade o corpo. Arrebenta seu coração
Na noite que brinca, criança que não cresce
Deixa o sono chegar! O mundo se esquece
[Mundo de guerras de mortes e de sonho ferido
De medo, de luta e de ganho perdido]

Tranquilidade criança! Eu te protejo
Nada pra lhe amedrontar
Deita tranquila, vá repousar
A festa acaba,
O tempo para
Ferida aberta sara.
Se o sol voltar, me mostre sua força
Nesta noite não vou partir
Eu ainda quero ver seu sorriso.

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Tempo, tempo, velho andarilho…

Sempre o Tempo a me distrair 

Bendito relógio que teima em correr
O tempo perdido não deve morrer
Saúde ao grande e eterno mudar
O tempo não pode parar

Espere a volta ao temeroso passado
Inerte e desesperado
Soluça no ventre da terra a emoção
Perdida numa leve e antiga canção

Escapa ao pensamento um alívio velado
Que se escondia entre risos de um condenado
Seu descanso o faz tremer
Bendito relógio que teima em correr.

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