sábado, 10 de novembro de 2012

Leitura Rápida!

O pesadelo se repete
E nada acontece denovo
Eu corro, tento soltar algum ruido,
Acabo ficando louco

Sussurros em meus ouvidos,
Me avisando do perigo
Mas ninguém fala comigo
O vento ficou rouco

E agora solta um riso estranho
Meu medo não tem tamanho
Fecho os olhos e perco meu caminho

Tento me esconder, ficar invisível
Mas enquanto fujo, caio num abismo
E acabo morrendo sozinho...

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

O anjo cego que diz saber de tudo.

Sem asas.

Anjo impuro, que ama o mundo
Descansa de coração ferido
Seu halo de luz desaparecido
Um anjo fraco, medroso e desgraçado.

Fecha seus olhos. Ele ainda reza
Chora pela noite de medo de se levantar
Não luta mais por medo de lutar
E esse medo é o que mais o priva.

Serve aos objetivos mais obscuros de si mesmo
O egoismo ainda o preza
E foge para um abismo invisível
É o anjo da morte quem o leva.

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Não se esconda, alma que chora…

Véu do espírito

Segue correndo pelo deserto
Sangue, sol e um espirito sujo
Responde a todos apenas "Eu fujo"
E se move sem esperança

Trova pela noite em grande desespero
O mundo em trevas é seu melhor amigo
Responde a outros noturnos "Eu sigo"
Se esconde na penumbra

Chora trancado pela dor de estar vivo
Se veste de outro, noutro mundo mergulhado
Brinca com todos que conhece "Sou malvado"
E desconhece sua mente

Desiste no fim de sua longa luta
Pensa que poderá evitar o que está a frente
Desvia das conversas amistosas "Sou diferente"
E é o mesmo citado antes.

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

A lua aparece.

Noite.

O passado lhe mostra o proibido
Suas mãos estão soltas, sem protestar
Os olhos já não são mais claros como antes
Dorme! Sua alma quer te entregar!
Seus pés não tocam o chão
Sua cabeça quer voar
Canta cantiga! Canção de ninar!

Seus raios de sol, seu luar
Canção antiga, vem te ninar
Sem medo descansa. Não é nenhuma maldição
Que invade o corpo. Arrebenta seu coração
Na noite que brinca, criança que não cresce
Deixa o sono chegar! O mundo se esquece
[Mundo de guerras de mortes e de sonho ferido
De medo, de luta e de ganho perdido]

Tranquilidade criança! Eu te protejo
Nada pra lhe amedrontar
Deita tranquila, vá repousar
A festa acaba,
O tempo para
Ferida aberta sara.
Se o sol voltar, me mostre sua força
Nesta noite não vou partir
Eu ainda quero ver seu sorriso.

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Tempo, tempo, velho andarilho…

Sempre o Tempo a me distrair 

Bendito relógio que teima em correr
O tempo perdido não deve morrer
Saúde ao grande e eterno mudar
O tempo não pode parar

Espere a volta ao temeroso passado
Inerte e desesperado
Soluça no ventre da terra a emoção
Perdida numa leve e antiga canção

Escapa ao pensamento um alívio velado
Que se escondia entre risos de um condenado
Seu descanso o faz tremer
Bendito relógio que teima em correr.

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Inferos Particularis…


Esquece de tudo, esqueça quem te ama
Bem vindo ao meu mundo de gente insana
Mantenha-se longe do que já viveu.
Incendeie o que é atualmente seu
Para entrar neste mundo, tão meu
Feche os olhos e então mergulhe
Sonhe com meu pesadelo lindo
A porta está aberta, sempre
De o primeiro passo avance ao desconhecido
Pode entrar, bem vindo
Delícias oníricas
Brotando do chão, magia pura
Neste reino, onde ninguém brincará sozinho
Vem pra cá e me mostra o entusiasmo
E a alegria, que qualquer doença cura.

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Sandices sem sentido

De medo sai e só para diante
Daquele que não tem olhos, não tem fronte
Sai na frente das armas de fogo se arrisca de repente
E morre novamente
Corpo e alma então separados
Um transforma-se em luz, não há outro modo
Perde o sentido, a coragem, mas não perde o medo
Se arrisca muito cedo

Então parte em busca de novos desafios
Que instigam e deixam a mente confusa
E invertendo o sentido mostram a verdade

E invertendo o sentido do que foi dito
Que instiga a mente e se deixa confuso
E volta a dormir em mortal silencio

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Fecha os olhos por mim.

O relógio já corre para trás
Volta para onde os sonhos se esquecem
O mundo tem medo, a terra estremece
Não espera que façam. O faz.

Espero que os pesadelos não voltem jamais
A esperança é o que sobra
Esquecer do mundo de cobras
Do mundo que ironiza o desejo de paz

Quero descobrir os segredos do grande Morfeu
O pai do sono, o que até hoje não morreu
Parece que ele brinca comigo

Quem não sonha, já se perdeu
Transforma seu sonho em meu
Prova com essa prova que é meu amigo.

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Está na rua... Está por aí...

Sabe o que quer, o que dizer
Passa entre a gente sabendo ser temido
Pede dinheiro para sobreviver

Fala tudo o que pensa mesmo calado
Se esconde para ficar num canto chorando
Festeja até cair de bêbado

E passa o dia cantando
Espera para ter seu próprio afago
Repousa todas as noites na vida pensando

Acorda se sentindo um cego
Não gosta de nada que o zangue
Guarda as armas de fogo

Luta contra o frio para que o fogo não se apague
Nada pode o deter
Anda sob a chuva de sangue

quinta-feira, 12 de julho de 2012

(O encontro com o horror da batalha)

Ví quimeras e alegorias
Interiormente tudo sendo queimado
Deram-me a espada, me pediram coragem
Apenas me deixem sozinho, sentado

Mentiram que era simples
Orgulho infantil revelado
Retiro-me da cena da vida
Transformo minha expressão, disfarço
Escondo que estou desesperado

Espero que não haja mais sangue derramado
Tanta luta, tanta morte por nada
Eu não quero ver ninguém lutar sozinho
Rindo do destino que lhe foi mostrado
Não me desperte deste sonho, que eu sonho acordado.
Independente de ser muito tarde ou muito cedo
De que adianta conhecer o perigo
Avançar decidido entre o lodo
Deixar batendo um coração ferido
E deixar a loucura acabar com tudo.

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Criança em mente.

Entrava em minha mente,
Sempre me entusiasmava com isso
Quase me ausentava do mundo
Um pouquinho eu ficava vivo
Esquecia de meus problemas
Celeste magia me embriagava
Interagindo com os sonhos
Dormindo - Não. Mas sonhando
Outra vez me distraindo

Perambulei sozinho em ruas vazias
E não morri, me tormei mais forte
Levei meu corpo pesado sem sentir
Outra vez me vi dormindo

Mantenho esse espírito sonhador
Uma criança eterna
Nunca me esquecerei de ser
Dinâmico e introspectivo
Outra vez o esquecido

quinta-feira, 14 de junho de 2012

...Silêncio...

Retalhado (não Retaliado)

Já disse que sou movimento vago
Em tempos de guerra sou como tiro cego
Conforme vou lutando, vejo que não consigo
Me livrar da tonteira feita pelo abalo

Conforme vou aparecendo, não sei o que digo
Há um volume em minha mala, não sei o que trago
Hoje no caminho, não sei quando chego
Sou movimento vago, nunca movimento nulo

Minha respiração é lenta, sei o que faço
Não preciso de ajuda, roubo ou trapaça
Me conheço bem e já vou agindo tranquilo

Cambaleando vou e não há nada que me impeça
E ainda estou tentando me livrar do meu próprio vicio
Quem sabe uma pequena mudança de clima?

quinta-feira, 31 de maio de 2012

Heroi...

Atravessou a ponte de pedra
Com coragem passou pelo fogo
Derrotou gigantes com apenas ousadia
E virou heroi
Correu atrás dos sonhos perdidos
Mudou o rumo das ideias populares
Bateu e apanhou no meio da noite
E se sentiu estranho
Matou os amigos dos seus inimigos
Discretamente saqueou navios pela noite
Se encheu de uma deliciosa confiança
E pulou no rio
Fez festa na aldeia mais calma
Se vendeu para as meretrizes da cidade
E bebeu todo o vinho da taverna
E teve um sonho
E mergulhou sem sentidos noutro mundo
Beijou anjos neste outro universo
Dançou uma e outra valsa de despedida
O inimigo quer vingança
A cidade incendiada e com muito medo
As cabeças rolaram junto com esperanças
O heroi não quis sair do paraíso
E morreu sozinho...

quinta-feira, 17 de maio de 2012

-

Deixa aflorar-te a ironia
Mostra seus olhos abertos
Brincar com o incerto
Não é aquilo que você queria?
Bota a certeza questionável,
Mostra que o conhecimento é mutável,
Se indagar não é humano, então, que espécie seria?
Permita que vejam sua destreza
"Sirva bem à vossa alteza"
Aquele que não servisse bem, pereceria
Mude os hábitos para ficar mais forte
Mudar não é questão de sorte
Quem não muda, a sorte adia
Lute para seu fogo reviver
Aquecido não há porquê estremecer
Não vi que sua alma dormia
Por isso estava agitado
Com feições de ser amedrontado
Num sonho, sua alma fugia
No mundo externo nada aparente
Dentro da alma um medo crescente
Nos seus olhos, vi uma alma que rugia
Não posso mais ajudar
Sua alma deseja descansar
Pensa que eu lhe ordenaria?
Fecha os olhos mais uma vez
Conta denovo os carneirinhos (um, dois, três...)
Dorme. Lá vem mais um dia!

sábado, 5 de maio de 2012

Corpus vanum

Eu perdi meu coração em algum lugar
Minha própria falta de zelo
Não queria me sentir vazio,
Não me importei se sentiria frio
E o substitui por gelo

Lagrimas correriam por meu rosto
Me fiz deformado - Meu desgosto
Isso em mim é tão comum
Mas mesmo sem coração
Faltando um pedaço de mim
Mas não perdi meu corpo em lugar algum.

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Tempo...

Olhei para o céu e sumirm as nuvens
Mas meu tempo não passou
Esconderam minhas lágrimas no fundo de um baú.
Meu corpo num outro mundo
O céu já não é mais azul
As montanhas procuram um lugar ao sol
Do amanhecer...
Busquei a luta mas não sou forte.
(Quero seu sorriso)Não quero minha morte.

Teimei em brigar comigo
E não ganhei a batalha
Estranhei o meu modo de agir
Minhas ideias agora dissolvem
Desliguei-me do tempo e do espaço
E essa foi minha maior falha
No fim da vida percebi
E eu já não era mais jovem!

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Entre-cortado--parte--do-is--

Atalho

 

Aqui eu termino as frases vazias
Enquanto - tudo explode -
Na chance de sua morte
Você vai embora e não – cede -
Enquanto corro sozinho
Nada mais me ilude
Eu olho pro céu e - não - vejo
Chega uma tempestade

Insuportável meu mundo
Sou do meu jeito - não nego -
Quando na raiva me acalmo
Me faço movimento vago
Queria te levar para a eternidade
E tento te dizer, não consigo
Pois estou - debaixo da saraiva
De bolas de fogo

Como não tenho nada
Não sei se tenho sorte
Cada vez mais tento
Mostrar que sou – forte -
A marcha hoje é longa
Minha guerra vai ao norte
Alí a inércia é a falta - de movimento -
É o atalho para a morte

Sem tempo de olhar para trás
Fugir para que não nos peguem
Com - esperança de - ver
A surpresa que nos trazem
Botando o mundo num – caixão -
Eles - não - sabem o que fazem
Nestes versos - o que apresento
É a viagem

quinta-feira, 22 de março de 2012

Entre–cortado -

 

Eu corro pra fugir do medo à meia-noite
E desisto de esperar que você volte
Esse pode ser o nosso último dia de vida

Um campo de batalhas no meu coração
- E o universo tem medo de explosão -
E os outros não vêem que foges desimpedida

Tropeçando nas palavras da minha declaração
Enquanto a lua alimenta a escuridão
E mostra minha verdade completamente despida

Desisti de viver por causa de você
Me fechei no meu quarto sem nada pra fazer
- E eternamente não quero mais ir pro meio da rua -

Voltei a sonhar para me esquecer
Fora da realidade querendo te ver
E sonhei que você era como a lua

Um imenso penhasco nos separava
E eu sonhando - não - te esperava
Você não ia chegar - e eu me matava -

Um grito de horror vem do infinito
E eu tenho certeza que é seu grito
- Pois você já devia saber que eu me acabava -

Mas não quero que você me salve
Não pense em mim, - apenas se acalme -
Pois memórias me consomem e eu vou a luta

quinta-feira, 8 de março de 2012

Composição quebrada.

 

Escutando confissões do passado
Passado tudo a limpo
Limpo meus pulmões da fuligem
Fuligem é poluição. Parece que não estão escutando.

Toda ação traz uma reação
Reação explosiva perigosa demais
Demais esse novo modo de vida
Vida longa à minha pátria. Amo-te toda.

Inconsciente gerando violência
Violência destrói até a obsessão
Obsessão é doença inconsciente.

Gente de todo o mundo vem ver
Ver a verdade e a desgraça
A desgraça está aí. Dorme com a gente.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Seu corpo, sua casa.

 

A ordem geral é "nunca mude"
Todos querem ter sempre a mesma idade
Há aqueles que acham que não pode
Nesse momento, eu sinto sede

Tentar não transferomar-se em nada
Fugir do tempo que suga a nossa vida
Lutar para que a aparência não ceda
Aos desejos do mundo e da gravidade

Porém, fique claro que é impossível
Quem tenta e não consegue não se diz responsável
Quem consegue sempre diz ser incrível
Manter seu sorriso de pedras preciosas

Esta é uma luta incansável
Quem luta sabe que não é invencível
Quando não consegue fica desprezível
E vê que a vida não é um mar-de-rosas.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Psicótico. (…) !?

Neurose

Silêncio passa na minha cabeça
Pedras se quebram como se fossem nada
Na mente eu corro e que ninguém me impeça
De me mover nesta vida parada

Crando histórias no meu pensamento
E sem juizo eu crio e invento
Lembro e esqueço no mesmo momento
Sem som eu passo, vou de passo lento

Pensando sempre sem ter muita ideia
A minha mente é o meu castelo
Já construído com pedras de nada
Numa cidade de ninguém eu moro

E se quiser eu sou meu heroi
Um heroi maldito, um anjo caído
Essa desgraça, de peito ferido
Fere e sangra e morre sem ordem

Eu vou desperso, sem deixar pegadas
Pra não marcar minha realidade
Perco a fonte de tantas imagens
Na minha cabeça tudo vem e some

Sem dizer muito, eu não falo nada
Um rosto sério é o meu castigo
E se faço ouvirem meu riso
É porque o sério realmete some

Perder o medo traz ansiedade
Vejo que estou mesmo sem coragem
Eu não sou mesmo como tempestade
E com isso sou todo desigualdade

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Demente

Severino Humano

Roubaram sua casa e ia noite

Quando ele chegou desesperado

Fechou os olhos e tentou

Sonhar com um mundo transformado

 

Conforme ia no seu sonho

Dava um toque aqui e alí

Destruía tudo o que não gostava

Para – no lugar – aquilo que gostava surgir

 

Deitava na relva e a mudava

Olhava para aquilo e adorava

Um mundo só seu era realização

 

Mas outro que olhasse pro seu sonho

- Naquele mundo só ele risonho -

Olharia e só veria destruição.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Pesadelo…

Deixa que o anjo da noite fale

Por mais que o matem ninguém o para

Sua espada fere mais do que qualquer fera

Com medo de ficar com medo eu me calo

 

Sigo sozinho entre o sono e a sorte

De sair ileso deste pesadelo vivo

Meus olhos se fecham e eu sinto sede

E acordo assustado, o mundo em cores vibrantes

 

Saio correndo chamando os outros

Ouço o que não quero e tapo os ouvidos

Então correndo em círculos, vejo ruídos

Que se movem, se mexem, outros chamando

 

Então encontro o anjo e vejo o que ele fala

Fala aquele nome, que me dá medo

Meu corpo diz ”Para” – O meu cérebro pede

Mas o nome não para. Se auto-repete.

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