Pequeno érbio noturno, como vais?
Assim noite adentro
Esperando findar seu tormento
Sua tonteira cair adormecida ao menor acalento.
Eu vou sem rumo, noitívago solitário
Por dentro da cidade, na sarjeta me escondo
Por bares e tavernas, com medo, rondo
Abandonado, triste, cafajeste e salafrário
Que pensas fazer fugindo escondido?
Onde queres ir, assim, destruido
Sabes que causas nojo onde passas,
E onde passa, inspira desgraça.
Quero ir à ponte mais bela,
Quero gritar para a madrugada
Me jogar de lá, em silencio, desesperado
E morrer docemente, na correnteza jogado
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